Você
já considerou Jesus um músico, cantor e compositor? Pois é exatamente o que Ele
é. O maior músico de todos os tempos em qualquer instrumento e em qualquer
extensão vocal! O livro de Salmos (Suas canções) ainda está nas paradas de
sucesso após milhares de anos. Ele criou e projetou a música e estabeleceu as
regras de ritmo, da harmonia e da melodia. Ele criou as famílias de
instrumentos de cordas, sopro e percussão e fixou os limites audíveis da voz e
do ouvido humano (Colossenses
1:16-17).
A música é uma dádiva criada por Deus, não o produto da
criatividade do homem. O homem descobriu a música assim como descobriu o átomo,
depois explorou e usufruiu dos seus mistérios mais complexos. A antiga
civilização grega atribuiu a origem da música ao deus Apolo. A crença
predominante da maioria das antigas civilizações era que a música era uma
criação celeste (João 1:3).
Marinho Lutero não deixou dúvidas
quanto a opinião dele a respeito da origem da música: “Quando
a música natural é afiada e polida pela arte, então começamos a ver com
grandiosidade a tremenda e perfeita sabedoria de Deus na maravilhosa criação da
música, em que uma voz se estabelece e ao redor dela cantam três, quatro ou
cinco outras vozes, saltando, pulando, honrando maravilhosamente a parte mais
simples, assim como a dança do céu... aquele que não considera isso uma
expressão do milagre do Senhor é um verdadeiro tolo, e não é digno de ser
considerado um homem”.
A música é um fenômeno invisível criada por objetos visíveis
e tangíveis. Físicos classificam a música como uma forma da luz. Ela tem sido
utilizada por muitas religiões para fazer contato com o mundo espiritual.
Deus criou a música para ser um ponto de encontro, um lugar de
comunhão com o Deus invisível. O maior objetivo e o maior propósito da música é
ser um veículo para Deus expressar o Seu poder, a Sua glória e o Seu amor pelo
homem. Ela é dada ao homem para que ele expresse sua admiração e adoração a
Deus. Ela foi criada para unir o mundo invisível ao mundo visível, onde
adoramos e temos comunhão com Ele!
Considerando o mistério da adoração, parece que Deus é
egoísta em ordenar a Sua criação a se prostrar diante Dele e temê-Lo. Se não
tivermos a compreensão adequada de Deus, não entenderemos o mistério da
adoração.
“Não é possível inspirar
os outros a conhecer a Deus com mais profundidade se nós mesmos não O
conhecemos”. (Rory Noland)
“Tornar-se líder de
adoração não é uma busca por um ministério ou uma carreira; é a busca por uma
pessoa. Ao conhecermos Deus, nós o fazemos conhecido, pois, primeiramente,
somos adoradores e só depois líderes de adoração”. (Andy Park)
Deus não é limitado como os deuses desse mundo; Ele é
profundamente diferente, pois é o Deus verdadeiro revelado em três pessoas.
Fomos chamados para participar de um intenso relacionamento amoroso entre o
Pai, o Filho e o Espírito Santo. John Piper coloca muito bem em seu livro, “Que Sejam Gratas as Nações, a Supremacia de
Deus em Missões”: “O principal propósito de Deus é glorificar e apreciar a Ele
mesmo para sempre!” O Pai adora o Filho, o Filho adora o Pai, o Espírito adora
o Pai e o Filho, e nós fomos criados a imagem Dele. Nós fomos convidados para
um eterno “ciclo de glória”!
Base
Bíblica: Mateus 17:5; Filipenses 2:9-11; João 8:29; 16: 13-15.
A música
faz parte da criação de Deus. Acerca de tudo o que Deus fez, ele mesmo
verificou que era muito bom. Portanto a música tem um papel especial no
cumprimento do plano de Deus. A música, criação de Deus, carrega o propósito e
intenção do Seu coração.
Em
Deuteronômio
31:19 fala que o Senhor “dita as palavras” de um cântico que se
tornaria um testemunho ao povo de Israel. Deus na verdade o escreve com o
objetivo de comunicar-se com o seu povo, como um testemunho de sua soberania no
curso da história do seu povo. Podemos afirmar que a música é indissociável
(inseparável) da pessoa do próprio Deus, uma vez que ela nasceu em seu coração.
Em
toda a Bíblia, de Gênesis a Apocalipse, Deus se revela um ser musical; nela
encontramos o livro dos Salmos, que tem 150 poemas musicados, retratando a vida
de homens de Deus e os poderosos feitos do Senhor na história do povo de
Israel. No livro de Jó se vê a presença da música no ato da criação do universo
(Jó
38:6-7); em Apocalipse a música e a adoração são inseparáveis (Apocalipse 8:13-14).
Nas
Escrituras temos vários textos que ilustram o uso da música através dos tempos.
Em Êxodo 15, Moisés canta ao Senhor
por ocasião da libertação experimentada pelos israelitas: "Cantarei ao
Senhor, porque triunfou gloriosamente...". Débora e Baraque também cantaram quando os filhos de Israel
venceram o rei de Canaã (Juizes 5).
Davi, sem dúvida, foi a pessoa que melhor
assimilou o sentido da música na sua relação com Deus. Como rei, ele instituiu turnos de cantores e também contribuiu com boa parte dos salmos,
o hinário do povo judeu ao escrever 73 dos 150 totalizados na Bíblia.
Com música, Zacarias, pai de João Batista, profetizou o surgimento da
"Salvação poderosa na casa de Davi..."- (Lucas 1:67-69).
A Bíblia nos leva a admitir, como bem disse Johan
Sebastian Bach, um dos maiores autores que a humanidade já conheceu que "a
música tem por finalidade glorificar a Deus e cumprir seus propósitos"
(citação livre de J.S.Bach).
Deus tinha um propósito a cumprir por meio de
Israel: enviar aquele que ia salvar "...o seu povo dos pecados"-
Mateus 1:21. Tanto Davi como Zacarias profetizaram esse evento histórico, e
isso através da música!
Davi
afirmou: "...E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao
nosso Deus..." - Salmos 40:1-3, logo após experimentar
o livramento de Deus.
Efésios
1:9-10 - Na
Sua morte, Cristo reconciliou com Deus todas as coisas. É Deus, na sua graça,
que coloca em nossos lábios uma nova música que expressa a melhor experiência
que alguém pode ter: a nova vida em Cristo.
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