A Criação da Música (Parte 2)

23 de abr. de 2013


Você já considerou Jesus um músico, cantor e compositor? Pois é exatamente o que Ele é. O maior músico de todos os tempos em qualquer instrumento e em qualquer extensão vocal! O livro de Salmos (Suas canções) ainda está nas paradas de sucesso após milhares de anos. Ele criou e projetou a música e estabeleceu as regras de ritmo, da harmonia e da melodia. Ele criou as famílias de instrumentos de cordas, sopro e percussão e fixou os limites audíveis da voz e do ouvido humano (Colossenses 1:16-17).
        A música é uma dádiva criada por Deus, não o produto da criatividade do homem. O homem descobriu a música assim como descobriu o átomo, depois explorou e usufruiu dos seus mistérios mais complexos. A antiga civilização grega atribuiu a origem da música ao deus Apolo. A crença predominante da maioria das antigas civilizações era que a música era uma criação celeste (João 1:3).
        Marinho Lutero não deixou dúvidas quanto a opinião dele a respeito da origem da música:  “Quando a música natural é afiada e polida pela arte, então começamos a ver com grandiosidade a tremenda e perfeita sabedoria de Deus na maravilhosa criação da música, em que uma voz se estabelece e ao redor dela cantam três, quatro ou cinco outras vozes, saltando, pulando, honrando maravilhosamente a parte mais simples, assim como a dança do céu... aquele que não considera isso uma expressão do milagre do Senhor é um verdadeiro tolo, e não é digno de ser considerado um homem”.
        A música é um fenômeno invisível criada por objetos visíveis e tangíveis. Físicos classificam a música como uma forma da luz. Ela tem sido utilizada por muitas religiões para fazer contato com o mundo espiritual.
        Deus criou a música para ser um ponto de encontro, um lugar de comunhão com o Deus invisível. O maior objetivo e o maior propósito da música é ser um veículo para Deus expressar o Seu poder, a Sua glória e o Seu amor pelo homem. Ela é dada ao homem para que ele expresse sua admiração e adoração a Deus. Ela foi criada para unir o mundo invisível ao mundo visível, onde adoramos e temos comunhão com Ele!
        Considerando o mistério da adoração, parece que Deus é egoísta em ordenar a Sua criação a se prostrar diante Dele e temê-Lo. Se não tivermos a compreensão adequada de Deus, não entenderemos o mistério da adoração.

“Não é possível inspirar os outros a conhecer a Deus com mais profundidade se nós mesmos não O conhecemos”. (Rory Noland)

“Tornar-se líder de adoração não é uma busca por um ministério ou uma carreira; é a busca por uma pessoa. Ao conhecermos Deus, nós o fazemos conhecido, pois, primeiramente, somos adoradores e só depois líderes de adoração”. (Andy Park)

        Deus não é limitado como os deuses desse mundo; Ele é profundamente diferente, pois é o Deus verdadeiro revelado em três pessoas. Fomos chamados para participar de um intenso relacionamento amoroso entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. John Piper coloca muito bem em seu livro, “Que Sejam Gratas as Nações, a Supremacia de Deus em Missões”: “O principal propósito de Deus é glorificar e apreciar a Ele mesmo para sempre!” O Pai adora o Filho, o Filho adora o Pai, o Espírito adora o Pai e o Filho, e nós fomos criados a imagem Dele. Nós fomos convidados para um eterno “ciclo de glória”!

      Base Bíblica: Mateus 17:5; Filipenses 2:9-11; João 8:29; 16: 13-15.

A música faz parte da criação de Deus. Acerca de tudo o que Deus fez, ele mesmo verificou que era muito bom. Portanto a música tem um papel especial no cumprimento do plano de Deus. A música, criação de Deus, carrega o propósito e intenção do Seu coração.
Em Deuteronômio 31:19 fala que o Senhor “dita as palavras” de um cântico que se tornaria um testemunho ao povo de Israel. Deus na verdade o escreve com o objetivo de comunicar-se com o seu povo, como um testemunho de sua soberania no curso da história do seu povo. Podemos afirmar que a música é indissociável (inseparável) da pessoa do próprio Deus, uma vez que ela nasceu em seu coração.
Em toda a Bíblia, de Gênesis a Apocalipse, Deus se revela um ser musical; nela encontramos o livro dos Salmos, que tem 150 poemas musicados, retratando a vida de homens de Deus e os poderosos feitos do Senhor na história do povo de Israel. No livro de Jó se vê a presença da música no ato da criação do universo (Jó 38:6-7); em Apocalipse a música e a adoração são inseparáveis (Apocalipse 8:13-14).
Nas Escrituras temos vários textos que ilustram o uso da música através dos tempos. Em Êxodo 15, Moisés canta ao Senhor por ocasião da libertação experimentada pelos israelitas: "Cantarei ao Senhor, porque triunfou gloriosamente...". Débora e Baraque também cantaram quando os filhos de Israel venceram o rei de Canaã (Juizes 5).
Davi, sem dúvida, foi a pessoa que melhor assimilou o sentido da música na sua relação com Deus. Como rei, ele instituiu turnos de cantores e também contribuiu com boa parte dos salmos, o hinário do povo judeu ao escrever 73 dos 150 totalizados na Bíblia.
Com música, Zacarias, pai de João Batista, profetizou o surgimento da "Salvação poderosa na casa de Davi..."- (Lucas 1:67-69).
A Bíblia nos leva a admitir, como bem disse Johan Sebastian Bach, um dos maiores autores que a humanidade já conheceu que "a música tem por finalidade glorificar a Deus e cumprir seus propósitos" (citação livre de J.S.Bach).
Deus tinha um propósito a cumprir por meio de Israel: enviar aquele que ia salvar "...o seu povo dos pecados"- Mateus 1:21. Tanto Davi como Zacarias profetizaram esse evento histórico, e isso através da música!
Davi afirmou: "...E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus..." - Salmos 40:1-3, logo após experimentar o livramento de Deus.
Efésios 1:9-10 - Na Sua morte, Cristo reconciliou com Deus todas as coisas. É Deus, na sua graça, que coloca em nossos lábios uma nova música que expressa a melhor experiência que alguém pode ter: a nova vida em Cristo.

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